Comportamento alimentar
Alimentação equilibrada
Alimentação equilibrada

Alimentação equilibrada começa na cabeça, não no estômago

“Coma mais frutas e legumes!”. Tenho certeza que você já ouviu essa recomendação quando o assunto é “alimentação equilibrada“, certo? Apesar de correta, essa informação me parece um pouco genérica demais. E até um pouco frustrante.


O ato de comer é tão importante, e tão prazeroso, que não deveria se reduzir ao que você deve ou não colocar no seu prato; ou a “alimentos bons” e “alimentos ruins”. Ok, frutas e legumes são super importantes! Mas…é só isso?
Não, não é só isso. Gosto de pensar em uma alimentação equilibrada de forma holística, em uma junção entre necessidade fisiológica e comportamento. A forma como você se relaciona com a comida; como seu cérebro reage diante da fome emocional, dos desejos, da gula, da culpa. Tudo isso influencia no seu hábito alimentar.
Parece complicado? Garanto, não é! E digo mais: é bem mais simples do que ficar contando calorias ou se preocupando demasiadamente com o que é “certo” ou “errado”. O importante é se reconectar com você e respeitar suas sensações de fome e saciedade e satisfação.
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Esqueça os vilões

Gostaria de compartilhar a noção do que é “comer bem”, e com isso ajudar as pessoas a encarar a fome como algo normal. Recebemos tanta informação sobre o “perigo” do glúten, da lactose, da gordura, do açúcar. Somos levados a pensar que o mundo é feito de alimentos perigosos, que “engordam”, ou de alimentos milagrosos, que “emagrecem”.
Diante disso, fica realmente mais fácil acreditar que temos que nos alimentar só de salada, frutas e legumes para manter uma dieta “correta”.
O uso das aspas nas palavras acima é proposital, justamente porque estes conceitos não fazem sentido. Não existe alimento bom ou ruim, existe alimento. A forma como você se relaciona com eles é que vai determinar se você vai engordar ou não.

Nutra seu cérebro com desejo por comida de verdade

Não gosto de usar a palavra “evite”, tão empregada entre os regimes da moda, com meus pacientes. “Evite chocolate”. “Evite refrigerante”. “Evite farinha branca”. Que mensagem isso passa para o seu cérebro? Que essas coisas são proibidas.
As dietas restritivas acabam colocando esse tipo de “alimento proibido” como uma recompensa, como a fonte da felicidade. Se você teve um dia ruim, logo vai achar que merece comer algo “proibido” para aliviar o estresse. Não existe até o tal do “dia do lixo“, em que as pessoas se afogam em coisas que evitam comer no dia a dia?
Prefiro reforçar uma mensagem positiva. Coma mais frutas, legumes, arroz, feijão. Mais alimentos verdadeiros (não processados). Beba mais água e menos bebidas açucaradas como sucos, refrigerantes e mesmo, álcool. Cozinhe sempre que puder, assim você pode controlar melhor a quantidade de açúcar, sal e gordura que coloca no prato.
Assim fica muito mais fácil manter uma alimentação equilibrada, pois, ao incluir mais alimentos in natura no seu prato, consequentemente vai comer menos dos industrializados, que realmente não trazem grandes benefícios nutricionais para o corpo por serem carregados de energia, açúcar, sal , gordura e componentes químicos.
Ainda em dúvida sobre o que comer? É fácil: tudo que tem na feira e nas gôndolas de alimentos frescos do supermercado é comida de verdade, rica em compostos bioativos, nutrientes e fibras. Se apostar neles, não tem erro. Quanto maior a variedade desses itens no prato, maior a qualidade nutricional da sua alimentação.
Ao manter uma relação tranquila com a sua fome, sem grandes restrições, você pode ter um enorme prazer até mesmo comendo um tomate. Porque a partir do momento que se inclui mais comida de verdade no prato, o seu centro de recompensas no cérebro pode mudar, e você vai parando, gradativamente, de associar prazer somente ao açúcar e à gordura, e vai se deliciar com outros gostos e temperos. Por que não paro de comer? Como mudar a relação com a comida?

Alimentação equilibrada: nunca é tarde para se começar

Antes tarde do que mais tarde ainda. Já ouviu esse dito popular? Muita gente pensa que não dá para apostar em uma alimentação equilibrada depois de adulto, mas isso não é verdade.
Claro que o melhor dos mundos é iniciar uma boa relação com a comida desde a infância, mas estudos mostram que a força do hábito é capaz de reprogramar o nosso cérebro e mudar o nosso paladar.
Isso significa que, ao passar comer alimentos in natura e diminuir os processados, você muda seus gostos, passa a ter prazer com novos sabores e se habitua a um novo padrão.
Minha dica para quem consome muitos produtos industrializados é: comece a mudança de forma gradativa. Nos primeiros dias, coloque no prato os alimentos frescos que você mais gosta. E, pouco a pouco, dê uma chance aos que você acha que não gosta, ou que nunca fez questão de comer. Seja curioso e prove de novo os alimentos com outra cabeça.
Às vezes, um tempero diferente ou o próprio modo de preparo pode fazer toda a diferença. Se você não gosta de tomate na salada, por exemplo. Já experimentou fazê-lo assado? Ou recheado? Ou cozido junto com alguma carne ou legume? Use a criatividade!
É a repetição que nos faz mudar, adotar hábitos mais benéficos para o corpo e alcançar a tão sonhada alimentação equilibrada.
Que tal conhecer meu método Efeito Sophie, que ensina a transformar sua relação com a comida e a voltar a escutar os sinais do seu corpo? São seis semanas com vídeos e materiais que vão explicar sobre hábitos alimentares, e como recuperar o prazer de comer. Saiba mais!

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