Saiba tudo sobre o jejum intermitente e tire suas dúvidas

De tempos em tempos, ouvimos falar de alguma dieta que está fazendo sucesso e emagrecendo celebridades no mundo inteiro. Todos querem saber o segredo para perder peso rápido, não é mesmo? Não é à toa que, com certa frequência, encontro pessoas querendo saber tudo sobre o jejum intermitente.

• Funciona?
• Emagrece mesmo?
• Quantas horas preciso ficar sem comer para ser mais eficaz?
• Quanto tempo demora para começar aparecer os primeiros resultados?
• Posso malhar de manhã mesmo sem comer?

São muitas dúvidas, afinal, privar-se de comida por tantas horas não é algo tão simples de colocar em prática em uma rotina tão cheia de compromissos – o que é a realidade da maior parte das pessoas que moram em centros urbanos.
Por isso, talvez a coisa mais importante a se dizer para quem quer saber tudo sobre o jejum intermitente é que ele não deve ser iniciado sem acompanhamento de um profissional de saúde. Cada indivíduo tem uma realidade e necessidades muito específicas.
As condições de saúde, estado nutricional, a composição genética, idade, estilo de vida, gênero, peso, altura…tudo isso implica no tamanho da fome!
Partindo desse princípio, entenda que não existe uma dieta única e perfeita que sirva para todo mundo, ou seja, o jejum intermitente não pode ser considerado a grande descoberta na área de emagrecimento – e realmente não é, como vou explicar a seguir!

Tudo sobre o jejum intermitente: o que é?

O jejum intermitente é um método em que se intercala períodos em que se come, com períodos em que não se come nada. Existem vários protocolos, com variação de 12 a até 23 horas de jejum. Existem também pessoas que adotam a privação total de comida em alguns dias da semana.
Não vou entrar aqui no mérito de qual intervalo seria mais eficiente, simplesmente porque essa não é uma prática que eu recomendaria. Minha linha de trabalho é voltada para a reavaliação de hábitos alimentares, do comportamento e da relação com a comida.
Então, encaro o jejum como mais um tipo de dieta restritiva, baseada na restrição e no sacrifício. E a ciência já comprova que dietas restritivas não funcionam, pois podem aumentar a obsessão por comida, os episódios de exagero e o famoso efeito sanfona.

Tudo sobre o jejum intermitente: de onde vem o sucesso?

A essa altura, você que quer saber tudo sobre o jejum intermitente deve estar se perguntando: “ok, mas por que essa dieta é famosa?”.
Como todo modismo na área alimentar, mesmo as pesquisas pequenas acabam ganhando dimensões maiores quando a palavra mágica é citada: “emagrecimento”!
Essas coisas se tornam populares por meio de livros e pela promoção de pessoas famosas, que acabam contando suas histórias de “sucesso”. Mas é bom ter um olhar mais atento para não acreditar em tudo que se lê!
Não existe milagre. O que realmente funciona em termos de reeducação alimentar e emagrecimento saudável é fazer as pazes com a comida, sem sofrimento e sem agredir o corpo com radicalismos.

Tudo sobre o jejum intermitente: funciona?

Para fins de emagrecimento, pode ser que o jejum intermitente traga alguma perda de peso no início. É matemático: se tem redução de calorias, emagrece.
No entanto, não considero como um emagrecimento saudável, porque não se perde só gordura, mas também massa magra.
E, no longo prazo, o jejum intermitente pode acabar acionando os mecanismos de sobrevivência durante esses longos períodos de privação.
O corpo entende a restrição como um sinal de alerta, de perigo.
Com isso, faz de tudo para manter os estoques de energia abastecidos. Em outras palavras, pode desacelerar o metabolismo e começar a estocar gordura.
Isso sem falar do ponto de vista comportamental: quanto mais se coloca a comida como algo proibido, ou como inimiga, maiores as chances de desenvolver um comer transtornado. Isso aumenta as chances de engordar e até mesmo de se iniciar um transtorno alimentar.
Esse tema é muito delicado e deve ser analisado com cuidado, por isso, criei até um vídeo no meu canal para explicar mais sobre o tema do ponto de vista comportamental, dê o play:

Tudo sobre o jejum intermitente: palavras finais

O jejum em si é uma prática milenar, adotada por pessoas por diversos motivos, como culturais e religiosos, por exemplo. Mas o método intermitente geralmente é praticado por pessoas que querem emagrecer.
E quando o foco é emagrecimento, os estudos nessa área ainda não são conclusivos. Já foram demonstrados alguns benefícios em termos de saúde, como por exemplo um possível aumento da longevidade e a redução do risco de doenças cardiovasculares, assim como a melhora da diabetes. Porém, são raros os estudos que associam a prática à perda de peso.
E, ainda assim, vale lembrar que a maioria destas análises são feitas com roedores presos em gaiolas – uma atmosfera bem diferente dos seres humanos, certo?
Pense nisso antes de se comprometer com um plano alimentar inviável para as suas necessidades.
Minha dica: procure se reconectar com seu corpo, respeitar sua fome, praticar o comer consciente e melhorar suas escolhas alimentares, priorizando os alimentos in natura e diminuindo os ultraprocessados. Essa é a forma mais saudável e saborosa de encontrar o seu peso saudável!
Se precisar de uma ajudinha para reconectar com a comida de forma prazerosa, aconselho que você conheça e participe do meu programa online Efeito Sophie.
Eu uni algumas dicas que passei nesse artigo e muitos outros ensinamentos em seis semanas de vídeo aulas, materiais e atividades online para ajudar pessoas que vêem a alimentação como um desafio diário.
E acredite, ter uma alimentação equilibrada pode ser muito mais fácil do que parece. Vamos juntos nesse processo? Comece agora mesmo o programa online Efeito Sophie, te espero lá!
Bon appétit!
Agora que você já sabe tudo sobre o jejum intermitente, acho que você ia gostar de ver esses outros artigos que separei:

• Como não sentir fome? Por quê você está atrás dessa resposta?
• Você quer saber como limpar o organismo? Comece mudando hábitos
• Dietas milagrosas não funcionam! Livre-se delas e busque seu peso saudável
  

E divida comigo, o que você tem feito para manter uma boa relação com a comida? Comente abaixo para continuarmos essa conversa: