A rotina da mãe e da família toda muda bastante durante o primeiro ano de vida de uma criança. E um dos marcos é o início da alimentação complementar (ou introdução alimentar), que acontece por volta dos seis meses. As necessidades da criança são outras e isso, consequentemente, desencadeia uma série de novas tarefas.
Temos um texto bem interessante de como iniciar a alimentação do bebê, recheado de dicas para as mães e pais de primeira viagem que sentem perdidos com relação às informações básicas: que tipo de alimento oferecer? O que pode? O que não pode? Usar tempero ou não?
São diversas questões que até então não faziam parte da vida dessas mães e pais antes da chegada do bebê. A alimentação complementar gera uma série de aprendizados e é bom estar munido de informações de qualidade para oferecer o melhor para o seu filhote.
Por isso, hoje o foco aqui é oferecer boas dicas relacionadas à parte “operacional” da alimentação complementar. Vamos falar do poder do trabalho colaborativo entre os familiares e amigos; do quanto um pouco de planejamento pode ser útil para otimizar o tempo dos pais (e assim, podem ter mais tempo para curtir o filho!); e, por fim, uma receita tamanho família que tenho certeza que vai agradar a todos.
Vamos nessa?
Alimentação complementar: juntos, fica mais fácil!
Quando o bebê começa a ser apresentado aos alimentos sólidos, é preciso ter uma certa capacidade de planejamento e organização para dar conta das novas demandas. Nem sempre é fácil organizar tudo sozinho, então, se você tiver parentes, amigos, mãe, pai, irmãos que possam dar uma forcinha, aproveite!
Às vezes, enquanto um se dedica à execução das refeições, o outro pode brincar com a criança e aproveitar para estimular os sentidos; deixando o bebê tocar os alimentos, interagir e brincar.
E, claro, supervisionando a bagunça!
Esse contato durante a alimentação complementar também é super importante, até mesmo para que ela aceite melhor todas essas novidades.
Planejamento para não se atrapalhar
Muita gente acha que planejar a alimentação da semana é um bicho-de-sete-cabeças. Principalmente para quem ainda não tem muita familiaridade com a cozinha. Nestes casos, é comum tentarem fazer as etapas de forma separada: a alimentação complementar do bebê em um momento, e a comida da família em outra.
Mas uma das formas mais eficientes de ganhar tempo é aproveitar o momento e fazer “uma viagem só”: usar a mesma base tanto para a comidinha do bebê, quanto para os demais integrantes da casa. Até porque o ideal é que a família e o bebê comam os mesmos tipos de alimentos.
E com o tempo, tudo fica ainda mais fluido, porque ao atingir um aninho a criança já pode consumir a mesma comida que todo mundo come – claro, sem exagerar nos temperos muito fortes, na gordura e no sal. E cuidado com o excesso de açúcar!
É claro que ter essa visão mais ampla da cozinha exige um pouco de prática, então, se você é marinheiro de primeira viagem e acha que não tem jeito para a cozinha, talvez demore um tempo para entender como as coisas funcionam.
Mas vale lembrar que a alimentação complementar é uma fase muito importante para o seu filho, tanto do ponto de vista nutricional quanto cognitivo, afinal, são novas experiências a cada refeição.
Como dica adicional para esse momento de vida, complemento com a mensagem do infográfico abaixo:
Em suma, com uma dose de paciência e outra de persistência, você pode adquirir novos hábitos e ganhar agilidade.
De repente, a família toda ganha com isso: com a presença de mais comida fresca e caseira!
Alimentação complementar: receita tamanho família!
Para exemplificar tudo que acabei de dizer, coloco aqui uma receita tamanho família, elaborada pela nutricionista Gabriella Villas Boas, nossa especialista em alimentação complementar. Aos poucos, você pode ir elaborando as suas próprias receitinhas, com os temperos que mais gosta, e criando estratégias que caibam na sua rotina para deixar o momento das refeições mais leves, sem estresse.
É interessante tentar criar uma atmosfera agradável para que o seu bebê registre boas experiências e, assim, associe a “hora do papá” com algo prazeroso!
Então, vamos à receita.
Sopa de abóbora com escarola refogada
Ingredientes
- ½ abóbora japonesa (do tipo que você mais gosta)
- 3 xícaras de escarola picada (pode ser substituído por couve, espinafre, acelga, etc.)
- 1 colher (sopa) de cebola roxa ou branca
- 2 colheres (chá) de alho
- 2 colheres (sopa) de azeite
- ¼ de colher (sopa) de pimenta do reino (para os adultos)
- ½ colher de chá de sal
Modo de preparo
Sopa
- Corte abóbora em pedaços médios e coloque na água fervente para cozinhar. Adicione 1 xícara da escarola na água para cozinhar com a abóbora. Quando a abóbora estiver bem macia, desligue o fogo e, com ajuda de uma escumadeira, retire a abóbora e a escarola. Reserve a escarola cozida para fazer a comidinha do bebê em seguida. Reserve também a água do cozimento.
- Descasque a abóbora (é bem mais fácil retirar a casca depois de cozida). Separe dois pedaços (para a comidinha do bebê) e coloque o restante para liquidificar junto com a água do cozimento. Bata até virar uma mistura homogênea e reserve.
- Em uma panela, refogue a cebola e o alho (1 colher de chá) no o azeite (1 colher de sopa) até dourar. Acrescente as duas xícaras de escarola crua. Quando as folhas estiverem murchando, adicione a abóbora batida com a água, a pimenta do reino e o sal e deixe ferver por 5 minutos. A sopa está pronta!
Dica: se quiser você também pode acrescentar carne ou frango desfiado na sopa.
Vegetais do bebê
Amasse a abóbora com garfo e, em uma frigideira antiaderente, refogue-a com a metade do azeite que sobrou e metade do alho.
Amasse a escarola cozida com garfo e, em uma frigideira antiaderente, refogue-a com a metade do azeite que sobrou e metade do alho.
Prontinho! De uma vez só você fez uma sopinha gostosa para família e dois vegetais para acompanhar a refeição do bebê.
Bon appétit!
Referências:
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