Você já deve ter ouvido falar em antioxidantes naturais.
Geralmente, as informações sobre essas substâncias estão relacionadas à prevenção e cura de doenças, detox corporal, combate às rugas e ao envelhecimento.
Será que é isso mesmo?
Vamos ver…
Então, neste post você vai entender o que são antioxidantes e como encontrá-los de forma simples na alimentação.
Como os antioxidantes naturais funcionam?
Sabe aquela manteiga, já velha, que tem um gosto rançoso? Ou a maçã que após cortada escurece?
Nessas 2 situações, o que temos são os alimentos passando por reações químicas de oxidação ao entrar em contato com o ar.
Se você coloca um pouco de limão na maçã, ele retarda o escurecimento.
Por que isso acontece?
Porque adicionamos um antioxidante que está presente naturalmente no limão: a vitamina C.
Do mesmo modo, ao longo de todos os dias, acontece no nosso organismo diversas reações provenientes das ações que realizamos: respirar, comer, andar, dormir, etc. Nisso, inevitavelmente produzimos radicais livres.
Radicais livres são moléculas muito reativas que pegam elétrons de quem estiver ao redor, e por isso pode causar danos às nossas células.
Por algum tempo eles foram vistos apenas como vilões, que provocam o envelhecimento e estão envolvidos no desencadeamento do câncer e de doenças do coração.
Ainda que o excesso de radicais livres realmente possa contribuir para essas complicações, eles também têm funções importantes para o bom funcionamento do nosso corpo.
Por exemplo, quando o nosso organismo percebe a necessidade de dilatar os vasos sanguíneos para ajudar no fluxo de sangue, precisamos de um radical livre, que é o óxido nítrico. Quanto aos radicais livres que nos trazem danos, somos programados para combatê-los.
E os antioxidantes naturais ajudam justamente nesse ponto!
Uma alimentação rica em antioxidantes naturais pode ajudar nos mecanismos biológicos de combate aos radicais livres presentes em excesso e proporcionar benefícios, mas estão longe de atuar como uma poção mágica que cura doenças e desintoxica o corpo.
Existem muito mitos em relação a isso e aqui vou te dar a dica número 1 de como ter uma alimentação equilibrada, rica em antioxidantes, mas sem neuras, nem mitos!
Vamos lá?
Consuma mais alimentos in natura!
Os antioxidantes são vitaminas, minerais e outros compostos químicos que necessitamos em pequenas quantidades.
Eles são de vários tipos, desempenham diferentes funções e são encontrados em todos os grupos de alimentos (frutas, legumes, verduras, castanhas, nozes e peixes), mas principalmente naqueles de origem vegetal.
Aqui abaixo estão alguns dos antioxidantes mais conhecidos e alguns alimentos nos quais estão presentes:
- Vitamina C: presente em frutas cítricas como limão, laranja, acerola, goiaba, abacaxi,
- Carotenóides: substâncias que darão origem à vitamina A no nosso organismo, presente em alimentos de cor laranja, amarela e vermelha, como abóbora, cenoura, tomate, mamão.
- Vitamina E: presente no azeite de oliva, abacate.
- Flavonóides: são responsáveis pelas cores e tons azul, vermelho e amarelo de numerosas flores, frutas e folhas, como açaí, uva e morango.
- Selênio: presente em boas quantidades nas castanhas (do Pará e de caju).
Essas substâncias também podem ser encontradas em forma de cápsulas, pós e suplementos.
Mas é preciso ter atenção!
Produtos farmacêuticos e suplementos nutricionais não devem ser consumidos por conta própria.
É necessário avaliação médica e de outros profissionais de saúde.
Do contrário, em vez de mais saúde, o consumo excessivo dessas substâncias podem acarretar consequências negativas.
Então, reforço a dica número 1 para se ter uma alimentação rica em antioxidantes naturais:
Consumir mais alimentos in natura!
Eles são a base para uma alimentação equilibrada e saborosa!
Mas como saber a dose certa de antioxidantes naturais?
Hoje temos muitas informações sobre alimentação “saudável”, e com tantos dados e notícia acabamos sem saber o que e quanto comer.
As notícias nos chegam de forma muito simplista e acontece o que costumo chamar de terrorismo nutricional e ansiedade em relação à alimentação.
Por exemplo, por meio de pesquisas descobrimos que os antioxidantes naturais podem contribuir com a nossa saúde, mas a informação que nos chega é que precisamos ingerir muitos alimentos e suplementos ricos em antioxidantes para termos saúde e prevenir doenças.
Não podemos esquecer que comer não é uma fórmula matemática. Quantidades adequadas de carboidratos, gorduras, proteínas, fibras, antioxidantes naturais e calorias por dia, por si só, não são suficientes para manter a nossa saúde.
Escute o seu corpo e varie na alimentação!
A alimentação envolve o prazer que conhecemos desde os primeiros dias de vida e também a escuta do nosso corpo.
Ele envia mensagens quando está com fome, saciado, com sede ou necessitando de determinados nutrientes.
É preciso aprender a escutá-lo.
Além de respeitar a sua fome, comendo até quando estiver satisfeito e saciado, varie na alimentação.
Não faça nenhum tipo de restrição, consuma alimentos de todos os grupos alimentares, sempre respeitando a sua fome.
Tenha consciência de que é totalmente natural comer, de vez em quando, somente porque acha o alimento saboroso, ou porque está triste, feliz ou ocioso.
Como também é normal fazer escolhas por alimentos mais nutritivos. Comer um pouco menos do que gostaria em determinado dia, ou comer demais e ficar estufado em outro, pois comer é algo flexível.
Ou seja, coma normal, com falo neste vídeo:
E terá quantidades adequadas de antioxidantes naturais na sua alimentação: nem demais, nem de menos.
Agora que você já sabe como ter uma alimentação saudável e rica em antioxidantes naturais, uma dica final!
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Vamos juntos nessa?
Bon appétit!
Referências:
- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira . 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
- COTINGUIBA, George Gomes et al. Método de avaliação da defesa antioxidante: uma revisão de literatura. Journal of Health Sciences, v. 15, n. 3, 2015.
- Marle Alvarenga et al. Nutrição comportamental. Barueri: Manole, 2015.
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