Alimentação sustentável é aquela que se preocupa tanto com a saúde humana quanto com a saúde do planeta.
A alimentação é um fenômeno complexo. Envolve questões nutricionais, comportamentais, emocionais, mas também sociais, culturais, políticas e ambientais.
Quando pensamos em alimentação adequada e saudável não dá para dissociar a comida da saúde do ambiente. E é aí que entra a importância da sustentabilidade alimentar.
Quer entender o que ela é e como aplicá-la na sua vida?
Vem comigo e descubra!
O que é alimentação sustentável?
Sustentabilidade diz respeito a atender as necessidades das gerações atuais sem comprometer as gerações futuras. Sabendo disso, podemos entender melhor o que é alimentação sustentável ou sustentabilidade alimentar.
Pense que antes da comida chegar à nossa mesa ela precisa ser produzida, processada e distribuída.
Convencionalmente, o modo como isso é feito baseia-se no plantio de monoculturas, no uso intenso de agrotóxicos e fertilizantes químicos. Além do alto processamento industrial, que pode ser uma ameaça ao meio ambiente.
Entre as consequências negativas, podemos citar:
- degradação do solo;
- emissão de gases de efeito estufa;
- contaminação da água;
- perda de biodiversidade;
- rejeição de culturas e modos de vida tradicionais.
A alimentação sustentável busca evitar esses efeitos. Ela se preocupa tanto com a saúde humana, quanto com a saúde planetária, buscando:
- produzir alimentos sem agrotóxicos e outros contaminantes;
- respeitar modos de produção tradicionais;
- promover a saúde dos consumidores, como também dos agricultores que produzem os alimentos;
- proteger o meio ambiente;
- fornecer alimentos acessíveis e de qualidade.
Como aplicar a sustentabilidade alimentar na sua rotina?
Agora que você já entendeu o que é uma alimentação sustentável, vou apresentar oito dicas para você ter mais desse tipo de alimentação na sua rotina.
1- Abandone a visão de “tudo ou nada”
Muitas pessoas que buscam se alimentar de maneira sustentável, por vezes caem no erro do “tudo ou nada”. Ou seja, elas buscam a perfeição. Se não podem fazer todas as refeições de forma mais sustentável, simplesmente abandonam o barco.
Mas é importante entender que é impossível comer de forma “perfeita”, muito menos se essa perfeição visa a própria saúde e a do meio ambiente. O motivo é que isso não diz respeito apenas a uma questão individual.
Estamos inseridos em uma sociedade e muitas vezes não conseguimos ter esse tipo de sustentabilidade devido ao preço de certos alimentos ou por sua baixa oferta.
Portanto, faça o que for possível para você, sem neuras, considerando suas possibilidades e realidade.
2- Aposte em variedade
De forma geral, a alimentação humana é baseada em uma pouca variedade de alimentos. Com o modo de produção convencional, baseado nas monoculturas, acabamos perdendo muito em biodiversidade. Isso tem como consequência a limitação dos nutrientes que obtemos, por isso diversificar a comida pode ser muito importante.
3- Busque frutas, legumes e verduras da estação
Além de contribuir para ter uma alimentação sustentável e mais variada, frutas, legumes e verduras da estação apresentam preço mais baixo, pois acabam sendo mais fáceis de produzir, além de apresentarem mais nutrientes e talvez até melhor sabor.
4- Consuma mais alimentos à base de plantas
O consumo de alimentos vegetais pode contribuir com o estímulo da agricultura familiar e economia local. Além disso, eles podem ter um menor impacto ambiental em relação aos alimentos de origem animal, pois a produção de carne demanda criação de pastagens e muita água para a sua produção.
Mas cuidado, não quero dizer que para ter uma alimentação sustentável necessitamos “cortar” a carne. Ter uma rotina alimentar sustentável vai além disso e outras questões devem ser consideradas, como a cultura local e o processamento dos alimentos.
Por exemplo, os esquimós das regiões árticas têm alimentos de origem animal como elemento central de sua alimentação, o que está totalmente adaptado ao ambiente em que vivem.
Por outro lado, quem apresenta uma alimentação vegana composta principalmente de alimentos ultraprocessados não está contribuindo com a sustentabilidade, uma vez que o excesso desse tipo de alimento pode favorecer o desenvolvimento de doenças crônicas e provocar impactos no meio ambiente.
Por isso, para comer melhor, sugiro reduzir os ultraprocessados. Como mostro no vídeo abaixo. Aperte o play!
5- Se possível, compre mais alimentos orgânicos e de base agroecológica
Alimentos orgânicos e de base agroecológica são aqueles de origem animal ou vegetal, produzidos de forma sustentável. Eles são livres de agrotóxicos e outros contaminantes, não transgênicos, que buscam a proteção da biodiversidade, dos trabalhadores rurais, a desconcentração de terras e que respeitam os saberes e modos de produção tradicionais.
Esses alimentos são certificados, preste atenção ao selo!
Mas também lembre-se que comida orgânica pode ser mais cara e difícil de encontrar em algumas localidades. Se não pode comprá-los, fique tranquilo, existem outras formas de adotar uma alimentação sustentável.
6- Vá a feiras
Para ter mais sustentabilidade alimentar, ir a feiras livres é uma ótima pedida. Lá é possível adquirir alimentos mais baratos e frescos, bem como pegar dicas com o feirante e até mesmo com o próprio produtor.
7- Faça uma horta
Que tal fazer uma horta? Mesmo em um apartamento é possível produzir temperos, ervas, verduras e até pequenos legumes.
8- Evite desperdício
Planeje sua alimentação sustentável e fique atento ao desperdício. Pense em um cardápio para a semana, faça a lista de compras, cozinhe mais e congele alimentos para que durem por mais tempo.
Saiba mais!
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Nele, eu não vou falar sobre as últimas dietas da moda, alimentos milagrosos ou fórmulas mágicas de emagrecimento. Até porque não acredito em nada disso!
A minha missão é te ajudar a fazer as pazes com a comida e corpo, a identificar o seu comportamento e relacionamento diante da comida. Para que, enfim, você possa encarar a alimentação como algo prazeroso, sem estresses e muito menos culpa.
Com algumas dicas práticas, sempre focando na sua saúde e no seu bem-estar, você poderá alcançar o SEU peso saudável, de forma gradual e duradoura. O peso é consequência da sua saúde.
Vamos juntos nessa?
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Bon appétit!
Referência
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed., Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
JACOB, Michelle. Sistema alimentares para nutrição. 1.ed. Recife, PE: Nupeea, 2021.
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2 Comentários. Deixe novo
Muito bom amei suas dicas seu recado , pois sou professora e estou trabalhando alimentacao sustentavel para uma feira de ciências!
Olá Angela!
Agradecemos seu comentário aqui no Blog da Sophie. O feedback de vocês é sempre muito importante para nós.
Um abraço,
Nathalia – Equipe Sophie