Uma das primeiras coisas a serem ponderadas antes de se ingressar em uma universidade é o preço: será que vou conseguir pagar? Essa é a pergunta que não quer calar. Então, se você quer saber quanto custa o curso de nutrição, imagino que já esteja fazendo contas e mais contas para saber se vai conseguir pegar seu diploma sem precisar se endividar.
Já adianto que essa não é uma resposta tão simples, porque este valor vai depender de muitos fatores e varia muito de região para região – lembrando que o Brasil é um país muito grande!
Curso de nutrição: é caro?
Para ter uma visão mais realista dessas questões que envolvem custos, recorri a uma aluna querida que fez meu curso de Nutricoach, a nutricionista Érika Aparecida de Azevedo Pereira (*).
Como ela é coordenadora e professora do curso de bacharelado em Nutrição em uma universidade privada, o Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS/MG), conseguiu me trazer insights interessantes.
Mas mesmo para ela, que atua dentro da área acadêmica, é difícil falar exatamente quanto custa o curso de nutrição, por isso, citou uma média. “O custo da mensalidade na minha região (Sudeste) varia de R$ 800 a R$ 1400, e acredito que seja a realidade nacional”, afirma.
Ela acrescenta que mesmo os Conselhos Regionais de Nutrição não costumam ter estes dados, enquanto que as instituições de ensino dificilmente fornecem um valor exato. Mas tem um por quê. “Sempre falamos que possuem descontos, convênios e possibilidades de bolsas de estudos.
Existem até prefeituras que “custeiam uma parte dos estudos fazendo convênios diretamente com as instituições de ensino, ou até mesmo fornecendo transporte gratuito para estes alunos”, explica.
Existem, ainda, descontos para pagadores assíduos, oportunidades de trabalhos na própria instituição, estágios remunerados, financiamentos próprios, bolsas de extensão e pesquisa, entre outros. “Esta é uma característica muito particular de cada instituição e passa pelo trabalho de assistência social”, complementa.
Interessante, não? Ela reforça que, ao contrário do que se imagina, as faculdades particulares de nutrição têm muitos alunos com condição financeira desfavorável. “Muitos trabalham para sustentar seu próprio estudo”, observa.
Vale lembrar que, segundo um levantamento do Conselho Federal de Nutricionistas, existem hoje 512 cursos disponíveis no Brasil. Tenho certeza que se o seu objetivo é se formar nutricionista, você vai encontrar algo que caiba no seu bolso, ou até mesmo se dedicar aos estudos e tentar passar no vestibular de universidades públicas.
Se você quer muito fazer um curso, mas o custo está muito além do que você pode pagar, também pode se informar sobre bolsas de estudo de acordo com renda familiar ou com o desempenho do Enem. O Prouni, por exemplo, é uma dessas iniciativas.
De qualquer forma, quando falamos em custos com educação, não podemos pensar somente na mensalidade, já que existem outras despesas atreladas. Então, nesse artigo, procurei reunir os principais fatores que devem ser considerados quando você for fazer as contas para descobrir quanto custa o curso de nutrição.
Curso de nutrição: quanto custa no fim do mês?
Não sou especialista em finanças, mas sei que planejamento é importante quando pretendemos fazer algo no longo prazo, como um curso de nutrição. Quanto custa, no fim do mês, tudo o que você vai tirar do bolso para se dedicar a esse projeto?
Mais uma vez, depende.
Depende da sua realidade, das suas condições, do seu perfil como estudante.
De toda forma, vamos aos gastos principais.
1. Transporte
Este valor vai depender de quão longe da sua casa é a instituição que você escolheu. Quanto mais longe, mais gasto. Se for de carro, tem que pensar não só no valor do combustível, mas também de estacionamento.
E, claro, se escolher em outra cidade, o valor aumenta, porque vai também precisar gastar com moradia e outras despesas. Então, quando for calcular quanto custa o curso de nutrição, lembre-se que a distância é um dos fatores mais importantes a serem considerados.
2. Alimentação
Custos com alimentação também contam. Um cafezinho aqui, um pão de queijo ali e…pronto, no fim do mês, gastou um dinheirão. Então, coloque na ponta do lápis se você vai poder se alimentar no próprio local onde fizer o curso de nutrição.
Se ficar muito mais caro do que você imaginava, considere levar a comida de casa – muitas vezes sai bem mais barato e tenho certeza que poderá fazer escolhas muito mais saudáveis, porque não tem nada melhor do que comida caseira!
3. Livros
De acordo com Érika, “existem alunos e alunos”. “Existem aqueles que adquirem livros, outros que utilizam os da biblioteca, e-books ou até mesmo artigos científicos na internet. Isso é muito pessoal. Já passaram por mim vários alunos que nunca compraram um livro sequer, e, nem por isto, tiveram sua formação comprometida” afirma.
Ela explica, no entanto, que comprar livros não é uma exigência nem em instituições públicas, nem em privadas.
4. Equipamentos
Com relação aos equipamentos utilizados no curso, as despesas também vão variar de acordo com a instituição que você escolher. No caso de graduação, coloco aqui uma dica bem interessante oferecida pela Erika.
“Durante o curso, o aluno pode precisar de instrumentos para fazer avaliação nutricional, como adipômetro, antropômetro, bioimpedância, balança e softwares, por exemplo. Toda instituição deveria ter essas coisas no seu laboratório de avaliação nutricional, mas o que vai variar entre uma escola e outra é a quantidade disponível por aluno.”
Isso quer dizer que, se não tiver uma quantidade satisfatória, pode ser que o aluno sinta a necessidade de comprar os próprios equipamentos. Então, antes de optar por uma instituição, que tal fazer uma visita e conhecer de perto as instalações? Isso pode ser fundamental para você ter uma dimensão maior sobre o custo do curso de nutrição.
Aproveite para conversar com o responsável pelo curso e tirar suas dúvidas a respeito de todos os custos adicionais que terá ao longo do seu processo de aprendizado.
5. Eventos
Por fim, vale falarmos um pouco dos custos ligados a eventos fora da universidade. Segundo Erika, os eventos mais consagrados custam a partir de R$ 450, enquanto que os regionais são mais acessíveis e podem variar de R$ 80 a R$ 300 (em média).
“Muitas instituições incentivam os alunos a participarem de eventos científicos, concedendo uma ajuda de custo quando participam com apresentação de trabalhos”, acrescenta.
Quem faz o curso é o aluno!
Quero finalizar este artigo com a velha frase: “quem faz o curso é o aluno”.
A evolução do aprendizado vai depender da dedicação, do interesse e também do quanto a pessoa vai se identificar com o curso.
No caso de graduação, muitos alunos acabam entrando meio sem saber o que encontrar e, no meio do caminho, se decepcionando. Por outro lado, existem aqueles que se surpreendem positivamente, vão gostando e se identificando cada dia mais com a profissão.
O que importa é tentar alinhar o que o curso oferece com as suas necessidades e objetivos. E além de pensar no quanto custa o curso de nutrição, vá além do fator preço. Procure saber qual é a nota que a instituição tem no MEC, verifique a carga horária, as disciplinas, o corpo docente, a avaliação de colegas que já estudaram por lá. A mensalidade é importante? Claro que é! Mas definitivamente não é tudo.
Além da graduação: Nutricoach presencial
Para atuar como nutricionista, é necessário ter diploma emitido por uma instituição reconhecida pelo MEC, além de registro no Conselho Regional de Nutrição (CRN). Tendo isso em mãos, vale sempre estar antenado com as novas demandas do mercado.
Quem trabalha na área da saúde tem a obrigação de se atualizar sempre! Por isso criei o curso Nutricoach Método Sophie presencial, após muitos pedidos de profissionais de saúde que entraram em contato comigo. Após o lançamento do meu livro “O Peso das Dietas” notei uma necessidade de colegas da área de se atualizarem na ciência da Nutrição em relação ao peso, obesidade e transtornos alimentares, além da área comportamental – algo que ainda não é estudado nas faculdades.
O meu objetivo é apresentar uma Nutrição com Ciência e Consciência e fornecer ferramentas para um atendimento mais personalizado e humanizado, com foco na mudança do comportamento e na construção de uma relação mais saudável com a comida.
A propósito, tive a honra de formar centenas de profissionais de saúde em mais de 20 estados pelo Brasil, entre nutricionistas, médicos e psicólogos.
Veja o que eles acham da minha metodologia:
Se você se identifica com essa linha de trabalho, não deixe de conferir mais informações sobre este curso, clique abaixo e saiba mais:
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Bon appétit!
(*) Érika Aparecida de Azevedo Pereira é nutricionista graduada pela Universidade Federal de Ouro Preto, mestre em Biotecnologia, com pós-graduação em Nutrição Clínica, Saúde Pública, Nutrição e Doenças Renais, Fitoterapia e Nutricoach Método Sophie.
Referências
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