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O que é lactose? Saiba mais sobre esse nutriente

Você sabe o que é lactose?

De uns tempos para cá tornou-se comum encontrar nas prateleiras dos supermercados alimentos rotulados como “zero lactose”. 

Leites, iogurtes, queijos, doces e outros produtos com essa característica ganharam destaque e passaram a ser vistos como mais saudáveis. 

Como resultado, muitas pessoas têm procurado esses alimentos com medo da lactose. Mas será que precisa mesmo ter medo desse nutriente presente naturalmente no leite?

Antes de encher o carrinho de compras com produtos sem lactose, entenda mais sobre o assunto nesse texto que vai ajudar você desvendar os mitos e verdades sobre o tema.

Vem comigo!

O que é lactose?

Antes de entender se a lactose é realmente um nutriente a se temer, é essencial compreendermos o que ela é e qual é o seu papel no nosso organismo.

A lactose é um açúcar ou carboidrato encontrado no leite de todos os mamíferos, inclusive no leite humano. Esse nutriente é formado por duas moléculas de carboidratos mais simples: a glicose e a galactose.  

A glicose é uma das principais fontes de energia para o corpo, enquanto a galactose, além de ser energética, também desempenha funções importantes, como a síntese de outras moléculas e funcionamento adequado das células.

Ao consumirmos alimentos que contêm lactose, o organismo utiliza uma enzima chamada lactase. A função da lactase é “quebrar” a lactose em suas moléculas menores – glicose e galactose – para que possam ser absorvidas pelo sistema digestivo e utilizadas pelo corpo como fonte de energia. 

Esse processo é especialmente importante durante os primeiros anos de vida, quando o leite é o principal alimento e fornece os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento.

Lactose pode fazer mal?

Como pode ver, a lactose é uma molécula nutritiva e, para a maioria das pessoas, não há motivo para medo.

No entanto, existem situações em que a lactose pode não ser bem digerida pelo organismo, causando sintomas gastrointestinais, como distensão abdominal, diarreia e gases. Isso ocorre quando há uma condição chamada intolerância à lactose, caracterizada pela deficiência na produção da enzima lactase.

É raro que alguém desenvolva intolerância à lactose durante a infância, pois, nessa fase da vida, o organismo geralmente produz grandes quantidades de lactase. No entanto, a produção dessa enzima tende a diminuir naturalmente com o passar dos anos, tornando a intolerância mais comum entre adultos e idosos.

É importante destacar que a intolerância à lactose é diferente da alergia ao leite. A alergia ao leite é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite. Nesse caso, é necessária a restrição total de lácteos. 

Esse tipo de alergia é mais comum na infância, mas a boa notícia é que a maioria das crianças com alergia ao leite superam essa condição ao longo do tempo e conseguem voltar a consumir leite sem problemas. 

Ainda assim, como a alergia pode ser uma condição potencialmente grave, é essencial contar com o acompanhamento de profissionais de saúde para garantir um tratamento adequado e seguro.

Precisa cortar a lactose

Sendo assim, quem tem intolerância à lactose pode se beneficiar dos laticínios “zero lactose” encontrados nos supermercados, que têm a lactose pré-digerida pela lactase. Outra alternativa para essas pessoas, é a ingestão de suplementos de lactase antes do consumo de alimentos ricos em lactose.

Mas se você não tem intolerância à lactose, não há porque cortar esse nutriente da alimentação.

Além disso, é bom lembrar que a maioria das pessoas com intolerância conseguem consumir uma certa quantidade de lactose sem apresentar sintomas ou desconfortos. Isso varia de pessoa para pessoa. 

Nesse caso, apenas uma redução no consumo de leite e derivados já pode solucionar o problema, pois são poucas as pessoas que necessitam de uma restrição total. Hoje sabemos que a microbiota intestinal, mesmo de pessoas com intolerância, nutre-se da lactose e até se torna mais saudável.

Em vez de modismos, coma melhor! 

Há quem busque uma dieta sem lactose e exclua totalmente esse nutriente da alimentação, levado por modismos ou autodiagnósticos. Até mesmo profissionais de saúde orientam a retirada da lactose sem nem ao menos realizar um exame que comprove a necessidade dessa restrição.

Isso, no entanto, pode trazer danos para o corpo e para a mente. Imagine, de repente, retirar desnecessariamente um alimento que faz parte da sua alimentação e que você gosta bastante. Essa pode ser uma fonte de estresse, afetando a relação com a comida e prejudicando o bem-estar.

Também é possível que você já tenha visto a recomendação de trocar o leite de vacas por leites vegetais (que na verdade são extratos vegetais). No entanto, essa troca, além de desnecessária, pode não ser satisfatória, pois o sabor é bem diferente. Se você gosta de leite de aveia ou de castanha, pode consumir e usar em receitas, mas como substitutos diretos do leite, podem não ser a melhor opção e causar frustração.

Também não se deixe levar pelo marketing dos alimentos “zero lactose” ultraprocessados. Existem muitas linhas de alimentos desse tipo que são vendidos como mais saudáveis, mas na verdade apresentam uma grande quantidade de aditivos e conservantes, de modo que não devem ser consumidos com frequência.

Por isso, antes de eliminar a lactose da sua alimentação, é fundamental refletir: você está evitando esse nutriente com base em um diagnóstico profissional, ou foi influenciado por mais uma promessa da indústria das dietas e tendências alimentares?

Em vez de seguir as dietas da moda e sair cortando a lactose, que tal comer melhor? Isso quer dizer, consumir mais comida fresca e caseira e cozinhar mais! Lembre-se de que a alimentação saudável não precisa ser restritiva. 

Trata-se de se alimentar de uma maneira que seja boa para você, sem estresse e considerando suas necessidades, preferências e estilo de vida. 

E, caso sinta algum desconforto quando consome leite e derivados, não hesite em buscar orientação de um profissional qualificado. 

Saiba mais!

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Bon appétit!

Referência

DERAM, Sophie. Pare de engolir mitos. 1. ed. – Rio de Janeiro : Sextante, 2024.

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