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Exemplos de CNV
Exemplos de CNV

4 fundamentos + 6 exemplos de CNV no atendimento nutricional

Alguns exemplos de CNV no atendimento nutricional são:

  • Troque frases como: “você errou por ter comido tanto doce essa semana” por “percebi que você come mais doces quando se sente pressionada no trabalho”;
  • Ou, “você não está cumprindo com o planejamento alimentar” por “o que você acha que lhe impede de seguir o planejamento alimentar?”.

Boa parte do sucesso de um atendimento nutricional deve-se às habilidades interpessoais, aquelas utilizadas para interagir de forma adequada com as outras pessoas.

O modo como nos comunicamos com o paciente deve contribuir para que ele encare seus problemas, enfrentando os obstáculos que impedem a mudança de hábitos alimentares.

Nesse sentido, a comunicação não violenta (CNV) é uma linguagem que pode ajudar muito na comunicação terapêutica e no desenvolvimento de empatia no consultório.

Se você busca saber o que é comunicação não violenta, saiba que se trata de um método que vem sendo estudado desde 1960 por um psicólogo americano chamado Marshall Rosenberg.

Nesse caso, a CNV contribui para reformular o modo como nos expressamos com os outros. Em vez de uma comunicação automática, essa linguagem busca respostas que tenham como base a consciência de nossos sentimentos e desejos.

Para você entender melhor vou apresentar 4 fundamentos da CNV seguidos de exemplos de CNV no atendimento nutricional para você ficar de olho sobre como utilizá-la em seu consultório.

Vem comigo!

4 fundamentos da CNV e alguns exemplos de CNV no atendimento nutricional

Para entender melhor do que trata esse método, vou apresentar os 4 fundamentos da CNV (observação, sentimentos, necessidade, pedido) e alguns exemplos de CNV no atendimento nutricional que podem ajudar você a utilizá-lo em seu consultório.

1. Observação

Esse primeiro fundamento implica numa separação entre observação e avaliação. Observar é muito importante para a CNV, pois diz respeito a apresentar de forma clara e honesta como estamos.

No entanto, quando observamos, mas não nos limitamos a perceber a realidade com nossos sentidos (olfato, audição, paladar, visão e tato), em geral, a tendência é fazer uma interpretação e um julgamento dessa realidade. Ou seja, realizamos uma avaliação.

E que mal há nisso?

Quando observação e avaliação confundem-se é muito provável que o outro não compreenda o que realmente desejamos transmitir. O que chega aos ouvidos do outro é uma crítica e isso pode gerar muita resistência ao que é dito.

Percebemos uma avaliação quando o nutricionista diz ao paciente: “Você errou por ter comido tanto doce essa semana”.

Por outro lado, alguns exemplos de CNV no atendimento nutricional e que implicam em uma observação, podem ser vistos em frases como esta: “Percebi que você come mais doces quando se sente pressionada no trabalho” ou “Observei que você comeu frutas um dia nesta semana”.

2. Sentimentos

Esse fundamento diz respeito a expressar como nos sentimos. Muitas vezes não expressamos nossos sentimentos ou eles são demonstrados na forma de pensamentos. Isso não é útil para a comunicação. Somos ensinados a pensar mais no que os outros pensam que é o certo a se dizer ou fazer do que mostrar nossos sentimentos.

A seguinte afirmação: “Eu sinto que comer doces demais é inadequado” é um ótimo exemplo de quando mascaramos nossos sentimentos com pensamentos.

“Eu me sinto culpada quando como doces” ou “Eu fico triste quando exagero na comida” expressam melhor um sentimento e são exemplos de CNV no atendimento nutricional que seus pacientes podem ser incentivados a utilizar.

3. Necessidades

O terceiro fundamento da CNV pode ser utilizado para ouvir as nossas próprias necessidades e as das outras pessoas. Essas necessidades estão por trás do que sentimos e têm muita relação com os julgamentos e avaliações que recebemos e fazemos.

Quando dizemos: “Você não está cumprindo com o planejamento alimentar”, estamos querendo dizer que a pessoa não correspondeu ao que se esperava ou que as metas definidas talvez necessitem ser reavaliadas para serem viáveis.

No entanto, ao expressarmos as necessidades como uma avaliação, o paciente pode muito bem entender isso como uma crítica. É mais interessante perguntar “o que você acha que lhe impede de seguir o planejamento alimentar?”.

Também é importante ter clareza de que as necessidades são distintas das estratégias. Por exemplo: “Para ter uma alimentação mais saudável, é importante que você coma mais comida caseira” ou “Preciso que você pratique uma atividade física que goste regularmente” não são necessidades, mas sim estratégias.

Por isso, o melhor é que o nutricionista atue como um facilitador, contribuindo para que o paciente entenda as suas próprias necessidades e tome as rédeas da sua terapia.

4. Pedido

Em vez de demandar, faça pedidos. Para isso é importante utilizar uma linguagem positiva. Você pode usar esses exemplos de CNV no atendimento nutricional: troque frases como “não coma alimentos ultraprocessados” por “consuma mais alimentos in natura”.

Os pedidos em sua forma negativa costumam deixar as pessoas confusas sobre o que realmente desejam que façam, além de que é muito comum que a negatividade provoque resistência.

Neste vídeo, você pode ver um exemplo de como a CNV aplicada ao atendimento nutricional pode fazer toda a diferença para seus pacientes:

Quer conhecer mais  exemplos de CNV no atendimento nutricional?

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Referência

ALVARENGA, Marle et al. Nutrição Comportamental. 2.ed. Barueri – SP: Manole, 2019.

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.

Se gostou deste artigo sobre exemplos de CNV no atendimento nutricional, provavelmente vai adorar ler estes posts que separei para você:

  1. Ferramentas de coaching nutricional? o que é? como aplicar?
  2. Como elaborar uma anamnese nutricional?
  3. Qual o melhor software para nutricionista? Como escolher? GUIA COMPLETO

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