É mais comum na Nutrição os atendimentos individualizados em consultório. Eles realmente são um modo eficaz de ajudar as pessoas a lidarem com seus problemas alimentares.
No entanto, o trabalho em grupos de emagrecimento também pode ser muito interessante e potencializar os resultados do acompanhamento nutricional. Eles podem até acontecer concomitantemente com as consultas individuais.
Nós, seres humanos, vivemos em grupo desde o momento em que nascemos. Sem outras pessoas, não sobreviveríamos. Isso pode ser um excelente estímulo para quem enfrenta o desafio de mudar seus hábitos alimentares não se sentir sozinho.
Um grupo de emagrecimento, como em qualquer experiência coletiva, é uma grande oportunidade de compartilhar experiências que permitem o crescimento e o autoconhecimento. Aprendemos muito com os outros.
Porém, como sabemos, a perda de peso ou ter um corpo magro não é sinônimo de saúde, pois existem pessoas saudáveis de todas as formas e tamanhos. E do mesmo modo, alguém magro não é necessariamente saudável.
Portanto, não acho “grupo de emagrecimento” o nome mais adequado, mas por ser mais difundido, aqui vou chamar assim. No entanto, quero deixar claro que prefiro pensar como um grupo que busca a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar, e que a perda de peso virá como consequência das mudanças de hábitos.
Se você quer saber como montar um grupo de emagrecimento, tenho 5 dicas para você. Vamos lá?
7 dicas para começar um grupo de emagrecimento
1. Defina o seu público-alvo
Um grupo de emagrecimento pode ser bem heterogêneo, pois todo mundo tem suas singularidades. O seu grupo pode ser mais amplo, como aquele formado por pessoas que buscam mais saúde, mas também é possível definir alguns critérios.
Por ciclos de vida é uma boa maneira, pois o tratamento de adultos será diferente daquele realizado com crianças ou com gestantes. Você também pode definir o grupo por alguma patologia e reunir, por exemplo, apenas pessoas que convivem com o diabetes.
2. Pense em nomes criativos para o grupo de emagrecimento
É interessante um nome criativo e marcante, que atraia as pessoas e que represente o que elas desejam como grupo. Essa é também uma forma de você captar o seu público-alvo.
3. Defina o formato do seu grupo de emagrecimento
O grupo será presencial ou online? Em cada um desses tipos ganha-se e perde-se alguma coisa. Presencialmente pode ser mais fácil criar vínculos, mas um grupo online também pode ser muito interessante e colocar pessoas de diversos locais do Brasil (e até do mundo!) em contato.
Caso seja online, busque plataformas adequadas e intuitivas para realizar as reuniões. Sendo presencial também é importante um ambiente agradável e que deixe as pessoas à vontade. Você também pode definir encontros presenciais e online.
Um grupo de emagrecimento no whatsapp ou telegram pode ser muito adequado para realizar a comunicação e divulgação dos encontros, mas também para tirar dúvidas e se comunicar. Você também pode fazer uso de e-mail e telefone, de acordo com as necessidades e habilidades das pessoas para utilizar os recursos tecnológicos.
4. Crie um cronograma de grupo de emagrecimento
A partir das queixas, problemas e desejos dos participantes você pode pensar temas em cooperação com eles e criar um cronograma de grupo de emagrecimento, que seja flexível, adequado e contemple a todos.
5. Dê voz ao grupo
Um grupo não é simplesmente um amontoado de gente, nesse caso temos um agrupamento. As pessoas precisam se sentir parte do grupo e é necessário que existam vínculos entre os participantes.
Saber que podem se expressar faz as pessoas se sentirem aceitas e valorizadas e contribui para a integração do grupo de emagrecimento. Isso pode não acontecer imediatamente, mas propor atividades que favoreçam a abertura e compartilhamento de expectativas ajudará bastante.
6. Trabalhe com metas, mas não incentive competição
Os temas podem ser trabalhados a partir de metas a serem adotadas pelas pessoas que fazem parte do grupo de emagrecimento. Mas sempre evitando metas que levem à restrição alimentar, como por exemplo “passar 30 dias sem comer açúcar”.
Como mostro nesse vídeo, restrições não dão certo a longo prazo, e geram mais desejo pela comida “proibida”.
Do mesmo modo, as metas não devem ter como objetivo a perda de peso: “emagrecer 10 quilos”. Perder peso não se trata de um comportamento, e o nosso foco aqui é a mudança de hábitos.
Se os pacientes buscam a perda de peso, tudo bem. Não há problema nisso, desde que aconteça com saúde e com a consciência de que cada um tem o seu peso saudável.
Deixe a balança de lado e incentive que as pessoas se ajudem, sem comparar-se ou competir com as demais. As metas podem ser para todos, mas cada um irá cumpri-las de forma diferente. A intenção é discutir as dificuldades e buscar soluções juntos.
7. Não esqueça de avaliar!
Em um grupo de emagrecimento, avaliar é extremamente importante. Não se trata de dar uma nota aos integrantes do grupo. Mas de perceber o que deu certo e o que não deu certo. O que pode ser repetido e o que não pode? Ou, dentre as estratégias que não deram muito certo, o que posso fazer para melhorar?
Lembre-se que a avaliação não é uma etapa realizada apenas por você como mediador do grupo, mas por todos que estão fazendo parte dele!
Dica final sobre grupo de emagrecimento para nutricionistas
Se você quer potencializar os resultados do grupo de emagrecimento que você lidera ou que vai montar com uma abordagem mais humanizada, tenho uma dica final para você.
Após muitos pedidos de profissionais de saúde que entraram em contato comigo, criei a Formação Método Sophie de Terapia Nutricional.
Ao publicar “O Peso das Dietas”, notei uma necessidade de colegas da área de se atualizarem na ciência da Nutrição em relação ao peso, obesidade e transtornos alimentares, além da área comportamental – algo que ainda não é estudado nas faculdades.
O meu objetivo é apresentar uma Nutrição com Ciência e Consciência e fornecer ferramentas para um atendimento mais personalizado e humanizado, com foco na mudança do comportamento e na construção de uma relação mais saudável com a comida.
A propósito, tive a honra de formar centenas de profissionais de saúde em mais de 20 estados pelo Brasil, entre nutricionistas, médicos e psicólogos.
Veja o que eles acham da minha metodologia:
Profissionais formados pelo Método Sophie
Se você se identifica com essa linha de trabalho, não deixe de conferir mais informações sobre o curso abaixo:
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E se ainda não for o momento de fazer o curso, fique à vontade também para assinar o clube Método Sophie Canal Pro no YouTube ou mesmo agendar uma consulta no meu escritório.
Referências
ALVARENGA, Marle et al. Nutrição Comportamental. 2.ed. Barueri – SP: Manole, 2019.
BOOG, Maria Cristina Faber. Educação em Nutrição: integrando experiências. Campinas, SP: Komedi, 2013.
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4 Comentários. Deixe novo
Prezada Sophie,
Sou nutricionista em um plano de Saúde em Porto Alegre – RS.
Estou escrevendo um projeto para “criar” um grupo de educação alimentar e como tenho que expor estratégias, indicadores e além de tudo o acompanhamento tem que ter início, meio e fim…estou com muitas dúvidas, justamente por ter que apresentar resultados palpáveis…os grupos serão on-line.
Pode me ajudar?
Desde já agradeço muito!
Bom dia ,fiquwi curiosa sobre seu trabalho ,trabalho numa associação,somos 20 colaboradores e 11 diretores .Terias interesse em nos ajudar e ou falar conosco .Somos de Porto Alegre .Abraço
Olá Agenir!
Agradecemos seu contato e interesse pelo trabalho da Dra. Sophie.
Pedimos que nos contate através do e-mail: contato@sophiederam.com
Um abraço,
Nathalia – Equipe Sophie
Olá Cristine, como vai?
Sou a Nathália da Equipe Sophie. Agradecemos seu contato e interesse pelo trabalho da Dra. Sophie.
Será um prazer para ela fazer essa orientação e supervisão. Caso tenha interesse, pedimos que entre em contato através do contato@sophiederam.com.
Um abraço,
Nathalia – Equipe Sophie