Se você costuma passear pelos perfis de nutricionistas no Instagram ou ler revistas de dietas, certamente já se deparou com eles: os famosos alimentos funcionais. Para quem não entende muito bem este conceito, hoje estou aqui para esclarecer!
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A área da nutrição é recheada de novidades, de novos alimentos “milagrosos”, de fórmulas que “fazem emagrecer”, de coisas que supostamente são essenciais para uma alimentação “perfeita”.
Não aprovo este tipo de abordagem e busco sempre simplificar a ciência da nutrição, para que todo mundo possa no dia a dia incluir hábitos alimentares mais saudáveis sem necessariamente virar um especialista em cada um dos nutrientes!
Então vamos lá, o que são os alimentos funcionais? De acordo com a definição da Anvisa, são aqueles que nos fornecem, além das funções nutricionais básicas, ingredientes que podem ser benéficos ao nosso organismo.
Atuando, por exemplo, na proteção das células contra os radicais livres, na otimização do funcionamento do intestino, na redução da absorção do colesterol, na manutenção saudável dos níveis de triglicerídeos, entre muitos outros benefícios!
Mas a própria Anvisa alerta que esses ganhos só podem ser notados se o consumo dos alimentos funcionais for associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Como eu sempre digo: não existe milagre! Não há alimento que cure, se consumido isoladamente, se todo o resto estiver em desequilíbrio.
Alimentos são informações! Não só calorias!
Quando se fala em incluir alimentos funcionais na rotina alimentar, muita gente pensa que, para isso, é preciso apelar para os radicalismos. Passar a consumir somente determinados tipos de alimentos, e tirar o glúten e a lactose mesmo nos casos em que a pessoa não é alérgica ou tem intolerância.
Não é nada disso! Na verdade a alimentação funcional tem bastante a ver com a nutrigenômica, ciência que embasa boa parte do meu trabalho. O negócio é o seguinte: os alimentos conversam com nossos genes!
Eles contêm nutrientes e compostos bioativos que podem interagir com o nosso metabolismo. Ou seja, alguns genes podem ter sua expressão modificada de acordo com o que você come. E isso não tem a ver só com a alimentação, mas também com o meio ambiente, o estresse, a poluição, o sono, os medicamentos, o estilo de vida…mas claro que o que ingerimos é uma das partes mais importantes nesse processo!
É certo que o poder dos alimentos funcionais é incrível. E se você investir em uma mudança de estilo de vida, incluindo mais itens in natura e diminuindo o consumo de ultraprocessados, pode melhorar sua saúde.
Mas o corpo é complexo, por isso mantenha as antenas ligadas diante de discursos muito rígidos e dietas muito restritivas. Tenha cuidado com o excesso de informação que pode atrapalhar sua relação com a comida!
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Quais são os alimentos funcionais?
A biblioteca virtual do Ministério da Saúde traz uma lista com vários alimentos funcionais. Se você olhar bem, irá perceber que é bem mais simples do que se imagina: a maior parte dos alimentos in natura é funcional.
Isso é o que eu sempre acreditei e estudei! Eu na verdade consumo e recomendo alimentos funcionais, mas não da forma como eles são geralmente divulgados, como se estivessem dentro de uma receita médica. Vamos simplificar a alimentação!
Quer alguns exemplos de alimentos funcionais? Couve-flor, repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, rabanete, mostarda, maçã, manjericão, manjerona, sálvia, uva, caju, soja, tomate, pimentão, alcachofra, amora, aveia, feijão, ervilha, chá verde, cerejas, amoras, framboesas, mirtilo, uva roxa, vinho tinto, leites fermentados, iogurtes e outros.
Resumindo: qualquer um pode fazer uma alimentação funcional indo à feira, não precisa de prescrição! Além disso é um passeio maravilhoso e uma ótima oportunidade para ter ideias de pratos ricos em nutrientes e deliciosos.
Bon appétit!
Agora que você já entende mais sobre os alimentos funcionais, aproveite para ver também:
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Este artigo tem tudo a ver com o que eu sempre pensei e ESTUDEI NA FACULDADE.
Comer para emagrecer!